" Naquela tarde, no entanto, inconsciente da invisível teia que o tempo havia tecido em seu redor, lhe teria bastado uma instantânea explosão de clarevidência para se perguntar quem estava submetido a quem.
Sonhou de olhos abertos diante da janela açoitada pela chuva, e assim ficou até depois das quatro."
"... teve ao entardecer a certeza de que voltava ao passado. as amendoeiras da praça estavam cobertas de pó. Um novo inverno passava, mas sua pegada silenciosa deixava uma profunda marca na lembrança."
" _ O senhor não sabe - disse - o que é levantar todas as manhãs com a segurança de que se vai morrer assassinado, e apesar disso passar dez anos sem morrer."
" _ Os domingos são dias estranhos - disse ela pondo a mesa para o café - é como se fossem esquartejados e dependurados: cheiram a animal cru."
[citações do livro "O Veneno da Madrugada" de Gabriel García Márquez, tradução de Joel Silveira. Editora Record, 2° edição]
É incrível a capacidade de dizer coisas tão bem compostas em situações tão corriqueiras
=****
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
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Um comentário:
não mo só podia se tu mesmo né?!!!
e depois o dramar sou eu que faço
auahuaauhauha
bj
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