sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
=D
Quem vai te abraçar?
Me fala, quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?
E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?
Quem, além de você?
(leoni - quem além de você?)
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Entrando à francesa...
Devo ser uma das poucas pessoas no mundo com dificuldade em não se conter. A maior parte das pessoas tem que se esforçar pra não explodir, pra não gritar, pra manter a calma, eu sinto que a calma é meu estado natural. Impulsos agressivos aleatórios são logo contidos e extintos, naturalmente.
As vezes é inconveniente ter uma consciência debochada sussurrando nos nossos ouvidos o tempo todo histórias doidas. Histórias que serão sempre classificadas na sessão “anormal” e trancadas até o esquecimento,lógico (ainda que pareçam mais lógicas do que esse destino automático).
Quem ri, mesmo com vontade de chorar (porque sabe que existem outras coisas além da vontade). Quem desiste de desistir (pois sabe que a única opção é continuar). Quem respira fundo e segue sabe do que eu estou falando. Não é um altruísmo voluntário, se parece mais com uma bobeira genética.
Feliz do eu-lírico dentro de cada um: existe sem ter que arcar com as conseqüências disso (ou sem temer essas mesmas conseqüências).
terça-feira, 30 de outubro de 2007
BALADA DO CÉU NEGRO
Do amargo seu sabor
Nada basta a minha alma que reclama sem paz
Os teus beijos sem amor
Vejo céu negro derramar
sobre a cidade a sua dor
Meus olhos no rastro do sol
que a tempestade nunca apagou
Não há nada no mundo que acalme um coração que faz
Do amargo seu sabor
Nada basta a minha alma que reclama sem paz
Os teus beijos sem amor
Vejo céu negro derramar
sobre a cidade a sua dor
Meus olhos no rastro do sol
que a tempestade nunca apagou
Pra onde vão desejos?
Palavras sem razão?
Pra onde vão palavras?
Versos ao vento vão...
(Zeca Baleiro)
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Notícias
O tempo veio hoje me encontrar
Parando na minha janela
O tempo só chegou pra me dizer
Tudo que não pude perceber
Depois de mudar tanto o que toquei
O tempo vem trazendo algumas marcas
Na rua e no meu coração
Parece que alguém perde a razão
O tempo passa e nunca me avisou
E agora começa a acontecer
Aqui tão longe, ali bem mais perto de você
Ferve demais nesse verão
O tempo choveu fora da estação
Por isso me chamou pra uma conversa
Na rua e no meu coração
Parece que alguém perdeu a certeza
O tempo veio hoje me encontrar
Ainda quer me dar uma chance
O tempo só chegou pra me dizer
Tudo que não pude perceber
A onda imensa bate e leva a casa que vivi
O vento é forte e fortes não são as cidades que ergui
Algum mal fiz pra tanta resposta má
Do sol, montanha, vento e mar
Existe um céu de mísseis e de escudos contra mim
Um céu de estrelas de cometas me chama
Eu vou pedir, pedir que eu possa prosseguir
Entre o sol, montanha, vento e mar
A luz batendo no meu rosto é o sol mais quente que senti
Queimando planta, gente e tudo que nasce por aqui
Algum mal fiz pra tanta resposta má
Do sol, montanha, vento e mar
O tempo veio hoje me encontrar
Vem me falar de uma chance
( do álbum Carrossel - skank)
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Enquanto isso, no outro lado da cidade...
Pessoal, estamos todos muito tensos. Vamos dar um grito bem alto e ex-tra-va-sar toooodas as energias negativas pra deixar esse ambiente mais leeeeve... no três: 1, 2, 3 e aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Bom, ótimo, agora vamos continuar a sessão de yoga transcedental. Cuidado pra não chutar a cabeça da colega.
sábado, 15 de setembro de 2007
O que está nos olhos de quem vê?
Vontade de escrever é uma merda. Tenho livros pra ler, uma blusa de crochê pra terminar e fui obrigada por uma vontade inútil a sentar na frente do PC com o intuito de elaborar um maldito texto, que não se sobre o que será nem se será publicado. Mais uma coisa: como é que o Oswald de Andrade era tão pegador se era mais feio que briga de foice? Essa literatura faz coisa!!!
Era uma quinta-feira se não me engano. Estava calmamente transitando entre as plataformas pra trocar de ônibus, era o início da tarde e eu ia para o trabalho. Distraída, procurando moedas dentro da bolsa percebo aqueles mesmos olhos de antigamente vindo em minha direção. Era como se só os olhos permanecessem os mesmos, enquanto todo o resto foi envelhecido e distorcido. Quem sofre de miopia sempre pensa: “será que meu grau aumentou ou não reconheci tal pessoa por que ela mudou demais?“. Talvez ele tivesse piorado muito desde a ultima vez em que o vi, mas talvez fossem os meus olhos que estivessem diferentes, enquanto o resto de mim continuava inalterado.
A sensação que me ocorre sempre que encontro alguém que não vejo há muito tempo é de que eu continuo igual. A minha cara é a mesma, as piadas são as mesmas... é como se eu estivesse congelada durante todo o tempo, parada no mesmo lugar enquanto as outras pessoas continuam vivendo. Eu passo meu tempo servindo de coadjuvante na vida das pessoas ao meu redor, pulando de vida em vida pra trazer uma alegria, uma tristeza, uma indiferença a mais sem que nunca as pessoas façam algo que eu já não esperava delas.
As vezes penso que pessoas como eu são ideais para ter amigos maus, traiçoeiros e mentirosos. Parece contraditório um amigo traiçoeiro, mas não é. Você sabe o que aquela pessoa foi capaz de fazer com as outras que a consideram amiga e mesmo assim, você não consegue se afastar daquela presença certamente daninha. Você conhece tal pessoa a ponto de saber que ela não se importa com nada alem de si mesma, e sabe disso não por dedução própria, mas por que essa mesma pessoa faz questão de deixar bem claro que não faria o menor esforço para estar a seu lado e que não abriria mão de nada por isso.
Mas mesmo assim você não se afasta. Como bom coadjuvante você tem que permanecer próximo aos personagens principais ou é esquecido e deixa de existir. E afinal de contas, ao final de quaisquer contas, é melhor existir sendo um coadjuvante do que desaparecer por ser um papel principal medíocre. Mas nada disso chega a fazer diferença, porque aqueles olhos já passaram e, sem me notar, sumiram na multidão deixando para mim apenas a sua rápida lembrança e uma duvida: será que não me reconheceram por que mudei ou porque seus olhos hoje vêem diferente do que viam antes?
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
De volta a vida normal...
Ficar em casa comendo feito uma draga, sem fazer nada a tarde toda é ótimo, nos primeiros dias.
Depois a gente começa a se sentir feia, embagulhada, gorda, inútil. Ai o bicho pega.
É interessante ter uma rotina, mas sem deixar que tudo tenha uma hora inadiável.
E alem disso trabalhar tem outra$ vantagen$, muitíssimo interessantes.
sábado, 8 de setembro de 2007
Três Lados
Escutei alguém abrir os portões
Encontrei no coração multidões
Meu desejo e meu destino brigaram como irmãos
E a manhã semeará outros grãos
Você estava longe, então
Por que voltou
Seus olhos de verão
Que não vão entender?
E quanto a mim, te quero, sim
Vem dizer que você não sabe
E quanto a mim, não é o fim
Nem há razão pra que um dia acabe
Cada um terá razões ou arpões
Dediquei-me às suas contradições, fissões, confusões
Meu desejo, seu bom senso, raivosos feito cães
E a manhã nos proverá outros pães
Os deuses vendem quando dão
Melhor saber
Seus olhos de verão
Que não vão nem lembrar
E quanto a mim, te quero, sim
Vem dizer que você não sabe
E quanto a mim, não é o fim
Nem há razão pra que um dia acabe
Somos dois contra a parede e tudo tem três lados
E a noite arremessará outros dados
Os deuses vendem quando dão
Melhor saber
Seus olhos de verão
Que não vão nem lembrar
E quanto a mim, te quero, sim
Vem dizer que você não sabe
E quanto a mim, não é o fim
Nem há razão pra que um dia acabe
[Três Lados – Skank, Maquinarama]
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Lugar
De um amor que a gente mesmo escreveu
Que foi guardado sem pensar
Nas linhas de um desejo meu
Fiquei olhando todo espaço
Recriando um compasso seu
Sorri sonhando em qual gaveta
Nosso amor se escondeu
Mas guarde seu nome pra mim
Seus dias eu não deixo mais ter fim
O vento arde em versos por saber
Nessa tarde o sol é só por você
Chorei por ver nesse lugar
O que a palavra já teceu
Sou do seu tempo um retrato
Quando meu sonho era todo seu
Sorri por ver no nosso amor
Todas as portas pra você e eu
Fiquei pensando em qual cometa
Nosso amor adormeceu
Mas guarde seu nome pra mim
Seus dias eu não deixo mais ter fim
O vento arde em versos por saber
Nessa tarde o sol é só por você
[skank - lugar - carrossel]
domingo, 2 de setembro de 2007
Coisas de Domingo
Domingo é o dia-mor da nostalgia, é o dia de lembrar das coisas que foram feitas em outros domingos e sentir saudade. Pra nos ajudar nessa tarefa o dia amanheceu nublado, nem muito frio pra dar vontade de dormir, nem muito calor pra dar vontade de sair. Hoje é um daqueles dias perfeitos pra não se saber bem o que se vai fazer, um dia de pecados capitais: preguiça e gula em maior grau.
Como diz minha vó “dormir de barriga pra cima que faz ter pesadelo”, deve ser verdade porque tive um sonho horrível hoje. Pra quem não sabe o quintal da minha casa te um desnível gigante no meio: a parte da frente é bem mais alta que a parte dos fundos. Nos fundos do nosso terreno estão os fundos do terreno do vizinho, que tem a casa virada para a rua de trás... ok, depois do momento Euclides da Cunha dá pra explicar o sonho.
Eu sonhei que eu era criança, de uns 8,9 anos, mais ou menos a idade que eu tinha quando meu pai criava coelhos na parte baixa do terreno. Só que no sonho não era coelho que meu pai criava, mas filhotinhos de ovelha dentro de um caixote (sim, eu li O Pequeno Príncipe). Estava eu brincando com os filhotes e os cachorros do vizinho (que eram gigantes, pareciam lobisomens e falavam (!)) entraram no meu quintal (sabeladeuscomo) e cada um pegou um filhote e saiu com ele na boca dizendo que a próxima era eu. Eu saí correndo e fechei o portão, que era um daqueles enjambrados de madeira que só se encaixam na abertura, voei pra dentro de casa com os cachorros rindo da minha cara e perguntando se eu achava mesmo que aquilo ia segurá-los. Comecei a trancar a casa toda contando a historia pra minha mãe e quando ela começou a dar risada o cachorro apareceu com a boca suja de sangue na porta. Aí eu acordei. Típico sonho de domingo.
Só me resta fazer um alfajor ma-ra-vi-lhoso pra curar o trauma.
sábado, 1 de setembro de 2007
Se tem um negócio que me irrita é...
Gente que só se preocupa consigo mesma, que só quer saber do que lhe afeta diretamente. Isso se transforma constantemente em uma criancice sem tamanho, não sei se conseguiria ser assim o tempo todo. É ,“o tempo todo”, considerando que todos somos um pouco assim as vezes, e mesmo por que um pouco de egoísmo é fundamental pra conseguirmos ser felizes.
Mas, por outro lado, tem aquelas pessoas que parecem que não vivem no mesmo planeta que o resto do mundo. Mais que egoísmo é falta de consciência da realidade. A realidade para elas é um mero detalhe.
Muitas vezes as pessoas mais egoístas são as mais dependentes. Adultos saudáveis e capazes, que se comportam como adolescentes imbecis. A pergunta que fica é: se não tivessem quem lhes provesse, essas pessoas continuariam se comportando como se as outras pessoas não estivessem fazendo mais que a obrigação em ajudá-las?Não acho que as pessoas devam viver pra trabalhar, mas trabalhar pra viver não é nenhum absurdo não.
Por exemplo o Sr. Vida-alternativa-contra-o-sistema-capitalista-under-gound-punk-art-vegan-curindo-a-vida-adoidado. Ele não mora com os pais, que são de uma cidade no interior (o pai vereador, a mãe dona-de-casa e presidente do Clube das Senhoras Católicas para a Caridade) mas sim num apzinho na mesma cidade da universidade onde ele faz Gestão do Surf. Não importa se ele tem um cabelo moicano verde-alface ou usa um boné de redinha, mas sim que ele bebe muito, sai muito, fuma muito (tudo as custas do cartãozinho de crédito que ele ganhou pras despesas extras) e nunca anda a pé porque ganhou um carro depois de passar no vestibular. É claro que ele sempre está lutando pelos seus direitos, seja na universidade ou na cidade. Mas é muito comum vê-lo sair antes da chegada da polícia, usando a seguinte frase: “se meu pai descobre que eu estou aqui ele corta minha mesada e eu to ferrado”.
Liberdade, pra mim, é ser o único responsável pelas conseqüências dos seus atos. Ah quer chegar de madrugada na segunda feira? Quer ficar dez dias sem aparecer em casa? Chegou todo molhado depois de um banho de chuva e jogou a roupa molhada no canto? O problema e a criação de cogumelos são todos seus! Só que tem um probleminha, pra isso precisa dinheiro, e dinheiro na minha terra só se consegue trabalhando, ganhando na mega ou roubando.
O mundo é cruel, pequeno gafanhoto, liberdade vem junto com independência, e independência, precisa de dinheiro e acontece a longo prazo.Sinto muito, mas a mamata não dura pra sempre.
PS: eu sei que existem pessoas com as caracteristicas do sr.Vida-Alternativa...etc., que tem realmente um compromisso de tentar melhorar a sociedade e levam isso a sério, este texto não é destinado a eles, mas INFELIZMENTE nao posso fazer nada se o chapéu serviu. existem tambem os que moram com os pais, os que fazem outros cursos, os que não tem carro, os que ao invés do cartão de crédito tem só a conta no banco pra receber a mesadinha...as variações são muitas.
Coisas Inconscientes
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Ganhando Estrelinhas
Quero agradar quem eu amo tanto quanto quero desagradar quem não amo. E não me venham com essas de que tenho que ser feliz comigo mesma antes de qualquer coisa! Feliz comigo mesma é uma pinóia! Quero é ser feliz acompanhada!
Se eu (ou qualquer outra pessoa) pudesse ser feliz sozinha não existiria conversa, solidão, sexo nem comédia romântica... E o consumo de chocolate iria triplicar, no mínimo.
Raciocinem comigo: Tem tanta gente procurando amor, tanta gente que já desistiu de procurar e mais um monte de gente que decidiu se contentar com qualquer companhia só pra evitar conviver consigo mesma. Por que diabos eu vou ficar me fazendo de auto-suficiente sabendo que não sou?
Moral da história: não importa o quanto você que não ama esteja achando ridículo e sentimentalóide esse texto. Se você não percebeu ainda, o amor é cafona sim, mas é tããão bonitinho...
"Eu quero ouvir uma canção de amor,
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança do seu mundo por amor..."
(Legião Urbana - O mundo anda tão complicado)
PS¹:A primeira versão desse texto continha mais um parágrafo falando sobre a vergonha que dá de escrever essas coisas tão pessoais assim, em um lugar em que todo mundo pode ler...Mas como eu respirei fundo e publiquei decidi omitir aquela parte.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
AMANHÃ É 23
E os meus cabelos brancos
Aparecem a cada ano
No final de um mês de Agosto...
Há vinte anos você nasceu
Ainda guardo um retrato antigo
Mas agora que você cresceu
Não se parece nada comigo...
Esse seu ar de tristeza
Alimenta a minha dor
Tua pose de princesa
De onde você tirou...
Amanhã é 23
São 8 dias para o fim do mês
Faz tanto tempo
Que eu não te vejo
Queria o seu beijo
Outra vez...
[amanhã é 23 de agosto, aniversário do meu pai e o único dia legal pra cantar essa música]
terça-feira, 21 de agosto de 2007
DIA 22 DE AGOSTO, É ÚNICO
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
cadê o bebê da titia? cadê?
oh céus, é muito mais fácil reconhecer os erros do que ser perdoado e a vida é uma bosta as vezes, mas tem suas compensações...
tem coisa mais reconfortante do que ver um bebê com as suas bochechas enormes rir das suas palhaçadas?
(é, a gente faz todas aquelas caras e bocas só por aquele sorriso, sem nos importar com o quanto ficamos ridículos)
e ver as caretas que aquele humanozinho faz quando acha interessantíssimo o fato de você mudar o ângulo de visão dele?
um pequeno movimento nosso possibilita novas descobertas coloridas , brilhantes e barulhentas... mas a gente faz isso só pelo sorriso, pelo carinho babado ou pelos barulhos que a gente jura que são palavras...
nesses momentos é que a gente sente como os problemas estão na nossa maneira de ver as coisas... se valorizássemos mais os sorrisos das pessoas grandes talvez a vida não fosse tão cansativa.
[bom, a princípio eu ia publicar uma tradução do último post a pedidos, mas deu preguiça então atenderei ao pedido em partcular e deixarei assim mesmo por aqui...]
*esse não é o pior dia da minha vida. ATÉ AGORA.
sábado, 18 de agosto de 2007
Por Boca Cerrada Entran las Moscas
se han dispuesto a arder los rúbies?
Por qué el corazón del topacio
tiene panales amarillos?
Por qué se divierte la rosa
cambiando el color de sus sueños?
Por qué se enfría la esmeralda
como una ahogada submarina?
Y por qué palidece el cielo
sobre las estrellas de junio?
Dónde compra pintura fresca
la cola de la lagartija?
Dónde está el fuego subterráneo
que resucita los claveles?
De dónde saca la sal
esa mirada transparente?
Dónde durmieron los carbones
que se levantaron oscuros?
Y dónde, dónde compra el tigre
las rayas de luto, rayas de oro?
Cuándo comenzó a conocer
la madreselva su perfume?
Cuándo se dio cuenta el pino
de su resultado oloroso?
Cuándo aprendieron los limones
la misma doctrina del sol?
Cuándo aprendió a volar el humo?
Cuándo conversan las raíces?
Cómo es el agua en las estrellas?
Por qué el escorpión envenena,
por qué el elefante es benigno?
En qué medita la tortuga?
Dónde se retira la sombra?
Qué canto repite la lluvia?
Dónde van a morrir los pájaros?
Y por qué son verdes las hojas?
Es tan poco lo que sabemos
y tanto lo que presumimos
y tan lentamente aprendemos,
que preguntamos, y morimos.
Mejor guardemos orgullo
para la ciudad de los muertos
en el día de los difuntos
y allí cuando el viento recorra
los huecos de tu calavera
te revelará tanto enigma,
susurrándote la verdad
donde estuvieron tus orejas.
[Pablo Neruda - Estravagario)
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Citando Gabo.
Sonhou de olhos abertos diante da janela açoitada pela chuva, e assim ficou até depois das quatro."
"... teve ao entardecer a certeza de que voltava ao passado. as amendoeiras da praça estavam cobertas de pó. Um novo inverno passava, mas sua pegada silenciosa deixava uma profunda marca na lembrança."
" _ O senhor não sabe - disse - o que é levantar todas as manhãs com a segurança de que se vai morrer assassinado, e apesar disso passar dez anos sem morrer."
" _ Os domingos são dias estranhos - disse ela pondo a mesa para o café - é como se fossem esquartejados e dependurados: cheiram a animal cru."
[citações do livro "O Veneno da Madrugada" de Gabriel García Márquez, tradução de Joel Silveira. Editora Record, 2° edição]
É incrível a capacidade de dizer coisas tão bem compostas em situações tão corriqueiras
=****
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
e quando dá vontade, como faz??
não que a atitude que você deseja tomar seja totalmente errada, já que seu intuito é ajudar uma pessoa legal com seus problemas... claro que você iria se divertir mas, oras, somos de carne e osso também, um pouquinho de diversão com a desgraça alheia sempre vai acontecer...
um bom exemplo de ato pouco civilizado, no entanto útil e divertido (pelo menos pra que executa) deve ser chutar a cabeça de alguém (e esse alguém sabe quem - pedra leticia)em um muro de salpico, repetidamente usando o bico do seu coturno... digo que deve ser porque nunca realmente tive coragem de fazer isso. fazer o que, sou uma pessoa civilizada oras!!!
a civilização veio da grécia certo? esparta ficava na grécia certo? então os espartanos eram civilizados????
SPARTAAAAAAA
=*****
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
oooito do oooito de oooitenta e oito
essa ocasião me dá a oportunidade certa pra falar um pouquinho sobre meu pai. ele é aquele tipo de pessoa que não só dá nó em pingo dágua, mas ainda desenvolve uma complexa teoria de como isso pode ajudar a humanidade... ele me deu um estilingue e eu quase arrebentei meus dentes com ele, ele não resolveu parar no quarto filho, ele me fez uma escada pra que eu pudesse ajudar a cuidar da criação de coelhos quando eu ainda não tinha tamanho pra alcançar nas jaulas , ele tem histórias incríveis pra contar... ele não é o "magaiver", é melhor, porque não tem efeito especial. e até hoje não se conforma de eu ter nascido 15 minutos antes...
a ele todas as honras e agradecimentos, pois sem ele eu não poderia fazer a minha estréia triunfal na terra...
ao meu avô,
todos os agradecimentos também, pois me ensinou o desapego dos bens materiais quando fez um monte de tatuagens de caneta bic na minha barbie, essa foi uma lição importantíssima =)
aos dois eu devo meu bom humor e minha criatividade... minha mente fértil é hereditária... e isso é muito legal, mesmo mesmo.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
as três irmãs: graça, sem graça e desgraça
coisas engraçadas da minha vida de ontem pra hoje:
- me dei conta que a farmácia perto da faculdade se chama FARMAKETTY
- eu perguntei umas 15 vezes pro meu excelentíssimo em que andar a gente tinha que parar quando estávamos esperando o elevador pra entregar um negócio pra irmã dele, e ele respondeu 14, na décima quinta perguntou se eu tinha usado drogas
- a ponte hercílio luz estava coberta de neblina quando eu passei, cara me cago de rir com neblina...
- eu estava distraída quando começou a tocar aquela música do patofu "tomo um café, um guaraná pra me animar mas ficou tão tarde que é melhor deixar pra lá..."
- minha professora psicopata que nesse blog terá o nome piedoso de Pregentina Otília, que é quase tão ruim quanto seu nome real disse que iria embora voando pela janela
por exemplo eu acho que seria um bom trote pros calouros de qualquer curso entrar na sala fingindo ser a professora e arrancar os sapatos, arremessá-los no fundo da sala gritando "maaaaatem esses malditos gnus!!!!" ah, fala sério, quem saberia o que fazer nessa situação???
"a maioria das pessoas vê o sol como uma mancha amarela, mas existem algumas pessoas que transformam qualquer mancha amarela no seu sol"
(ok, essa frase não tem muito sentido, mas dá pra entender =D)
em terra de cego quem tem um olho...
certo?
como a maior parte das pessoas hoje em dia tem um blog, eu pensei, ora porque não?
geralmente as coisas que eu escrevo são direcionadas em cartas mas como eu sempre começo as cartas sem saber direito a quem elas serão entregues, mas como os recebedores de cartas estão rareando é melhor eu começar me precavendo de que continuarei sendo lida, de alguma maneira pelo menos.
quer dizer é isso que eu espero, mas vai saber...
aqui alem de textos meus, serão postados textos alheios, entre outras coisas produzidas por outras pessoas (devidamente identificadas) e alguns (espero que não sejam muitos) lapsos de loucura, raiva, frustração, tristeza e manifestações virtuais que na vida real equivaleriam a um soco na mesa ou similares...no mais, bem vindos todos aqueles que resolverem se aventurar nas minhas bobagens.
por hoje é só,
=)